ERA APAIXONADO, POR RABISCAR OS CADERNOS COM VERSOS DE AMOR E MELANCOLIA 

 

H

élder Belmiro Bindingo Maiato adotou o pseudónimo "Pequena Onça", é  natural de Malanje, solteiro de 22 anos de idade, estudante do 4° ano de Engenharia Civil pela Universidade Metropolitana de Angola, empreendedor, proprietário da empresa de Design Gráfico e Branding " Kamaia ". 

Quando questionado sobre o início da sua aventura pela escrita a Pequena Onça esmiuçou  comecei a aventura na escrita, na 6ª classe. Era apaixonado, por rabiscar os cadernos com versos de amor e melancolia, com o passar do tempo, estes versos foram acompanhando cada vez mais o meu percurso de alma, se minha alma chora, meus versos também choram, se minha alma sorri, eles também surriem. 

Em 2018,  a Pequena Onça, lançou a sua  primeira obra literária, intitulada Desabafos 1, sobre a qual confessou ter pouca experiência, na altura ou talvez mesmo nenhuma, mas ainda assim, teve a ousadia de mostrar ao mundo, o que escondia por dentro. Em 2020 já foi diferente, munido de segurança em relação ao que fazia, e por esta satisfação de alma, sim, correspondeu às suas espectativas.

“Pude obter, pelo Desabafos 2, aproximadamente 500 dowloads, uma interação muito grande nas redes sociais, pessoas que nem imaginava, liam, comentavam, questionavam, debatiam o conteúdo do livro. Foi muito lindo!”

Sendo angolano,  Pequena Onça, nestas palavras expressa o seu contributo ao país  O meu maior contributo para Angola, sou eu mesmo. Pela disciplina que recebi enquanto escoteiro, sei que não devo deitar lixo no chão, nem vandalizar bem algum. Além disso, sempre fui muito apaixonado em trabalhar com os jovens (educação juvenil), razão pela qual, em 2016, fundei (com amigos), o projecto Pro Palestras, um projecto de capacitação de Lideres por intermédio de palestras e workshops, tendo palestrado para 5 escolas na província de Malanje. 

O seu lado altruísta o levou a mais uma paragem Estando em Luanda, desenvolvi um projecto em 2018-2019, de capacitação humana denominado Manual do Homem Novo, na Universidade Metropolitana de Angola. Tínhamos uma sessão semanal de palestras e recebíamos estudantes de todos os cursos e todos os níveis. Actualmente, fiz um update ao projecto MHN, segmentando-lhe à vertente cristã, como uma ferramenta evangélica e de reintegração da juventude dispersa pelas ruas e desamparada sob as pontes desta nação que não nos ama. 

“Sempre sonhei em publicar um livro físico, e algo me diz que estou preste a realizar este sonho”.

Diferente de muitos escritores a Pequena Onça confessou Geralmente não sou inspirado por escritores, mas durante a produção de muitos poemas meus, tive influências de livros como Delírios de J.D Cordeiro da Mata, As Primaveras de Casemiro de Abreu, Pedaço de Vida de Divaldo Martins e do meu poema predileto, A Tabacaria de Álvaro Campos de Fernando Pessoa.

“Gosto do que eles escrevem em mim depois de os escrever”.

Em meio a tudo a Pequena Onça, se diverte de outras maneiras,  Oiço músico, assisto um filme, leio um livro, mas acima de tudo isso, olho para a vida em mim. 

Sobre formações para escritores Pequena Onça, relatou Nunca frequentei nenhuma formação, nem sabia que tal coisa existisse. Que ignorância minha! 

“Tenho agrado em trabalhar em grupo, fui educado a base deste sistema.”

Pequena Onça definiu-se nestas qualidades  Admiro o facto de ser paciente e tolerante. É importante para estabelecer um relacionamento saudável com as pessoas. Não admiro o facto de ser indeciso e nada ousado, atrasa muito os meus planos. 

“Não tenho nada inédito, minha vida é só vida, ele é inédita em si mesma, não em mim”.

 

Mensagem aos Leitores Plus:

“Creiam no Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Por: Palmira Elias.

Literacia Plus